Tratamento da Hidrocefalia em Salvador

Tratamento da Hidrocefalia em Salvador

Tratamento da Hidrocefalia

A hidrocefalia se caracteriza pelo acúmulo de líquido no cérebro. O excesso retido faz com que a pressão intracraniana se eleve, provocando danos nas estruturas encefálicas. Esse acúmulo pode ser causado por um desequilíbrio entre a produção e a reabsorção do líquido cefalorraquidiano ou por algum tipo de obstrução que impeça sua circulação e drenagem. A hidrocefalia pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum nas crianças e nos idosos.

Quais os tipos de hidrocefalia?

A hidrocefalia pode ser congênita ou adquirida. A forma congênita está presente no nascimento, mas pode ser identificada dentro do útero materno pela ultrassonografia morfológica ou manifestar-se apenas ao longo dos primeiros meses de vida. Apesar de nem sempre ser possível determinar a causa exata do distúrbio, é certo que estão envolvidos fatores genéticos e hereditários, assim como a ocorrência de doenças infecciosas (toxoplasmose, citomegalovirus, rubéola, sífilis, meningite etc.), e o uso de drogas (cocaína, por exemplo) durante a gestação. A espinha bífida (mielomeningocele), má-formação da medula espinhal e das estruturas que a protegem, é causa frequente da hidrocefalia congênita. Bebês prematuros e de baixo peso ao nascer também correm risco maior de apresentar a enfermidade.

A forma adquirida pode manifestar-se em qualquer idade e ser causada por infecções e tumores cerebrais, traumatismos cranianos, hemorragias ou AVC, por exemplo. Outra causa possível é a neurocistecercose, infecção provocada pela larva da Taenia solium, verme parasita do porco, que tem no homem o hospedeiro final.

A hidrocefalia pode ser classificada de acordo com a causa do distúrbio:

  • Hidrocefalia obstrutiva ou não comunicativa – quando há um bloqueio no sistema ventricular que impede a circulação do líquido cefalorraquidiano pelo encéfalo e medula espinhal. O estreitamento do canal que liga o terceiro ao quarto ventrículo cerebral (estenose do aqueduto de Sylvius) é a causa mais comum da hidrocefalia congênita.
  • Hidrocefalia não obstrutiva ou comunicativa – o LCR circula livremente. No entanto, a reabsorção na corrente sanguínea pode não ocorrer na proporção adequada ou, num número menor de casos, a produção do fluido é excessiva. Sangramentos intracranianos no espaço subaracnoide são causa frequente desse tipo de hidrocefalia.
  • Hidrocefalia de pressão normal idiopática (HPNI) – sem causa definida, é mais comum nos idosos. O líquido cefalorradiquiano, que não é reabsorvido, fica retido nos ventrículos cerebrais que aumentam de tamanho e comprimem as estruturas encefálicas sem alterar os níveis da pressão intracraniana.

A hidrocefalia congênita pode ser diagnosticada quando a gestante realiza os exames de ultrassom de rotina durante o acompanhamento pré-natal. O mais comum, porém, é o diagnóstico ocorrer depois do nascimento, na infância ou mais tarde na vida, quando alguns sintomas característicos da doença começam a chamar a atenção. Além dos sinais físicos, o médico leva em consideração a história clínica do paciente e o resultado da avaliação neurológica. Exames de imagem, como o ultrassom convencional e o transfontanelar, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética são úteis para confirmar o diagnóstico, porque permitem visualizar os ventrículos cerebrais dilatados. É fundamental destacar que, quanto antes o diagnóstico for feito, menor será o risco de ocorrerem danos cerebrais.
No adulto apenas a tomografia ou a ressonância podem confirmar a suspeita clinica.
Existe, ainda, um exame chamado Tap test importante para encaminhar o tratamento. Ele é indicado para os casos de hidrocefalia com pressão normal e tem como objetivo avaliar a possibilidade de melhora dos sintomas neurológicos, se o implante do sistema de derivação ventriculoperitonial for realizado.

Quando possível, o tratamento da hidrocefalia deve voltar-se para a correção do distúrbio que está provocando o acúmulo de LCR, seja ele um tumor ou uma doença infecciosa, por exemplo.
Na maior parte dos quadros de hidrocefalia o tratamento é cirúrgico. A técnica mais utilizada é a derivação ventriculoperitoneal (DVP) que, basicamente, consiste em aliviar a pressão intracraniana desviando o excesso de líquor contido no ventrículo cerebral para a cavidade abdominal. Para tanto, é intoduzida a extremidade de um cateter ao qual está conectada uma válvula que controla o fluxo do líquor nos ventrículos cerebrais. Passando por baixo da pele do pescoço e do tórax, a outra extremidade alcança a cavidade abdominal para onde o excedente de líquido é drenado.

Outra intervenção é a terceiro-ventriculostomia endoscópica, procedimento neurocirúrgico minimamente invasivo utilizado no tratamento da hidrocefalia obstrutiva, onde por meio de uma câmera é realizado um novo caminho para circulação do líquido no cérebro, dispensando a cirurgia no abdome e o uso da válvula. No entanto esta técnica possui indicações específicas.

  • Crescimento rápido da cabeça e alteração do formato do crânio como resultado do acúmulo de líquido nos ventrículos;
  • Fontanela (moleira) dilatada, quando os ossos do crânio ainda não se soldaram;
  • “Olhar de sol poente” (olhos voltados para baixo);
  • Couro cabeludo retesado;
  • Irritabilidade;
  • Sonolência;
  • Atraso no desenvolvimento psicomotor.
  • Dor de cabeça;
  • Perda de coordenação, do equilíbrio e de outras habilidades já anteriormente adquiridas;
  • Náuseas e vômitos;
  • Inapetência;
  • Sonolência excessiva;
  • Desatenção, irritabilidade;
  • Queda no desempenho escolar;
  • Convulsões.
  • Demência ou declínio mental, com perda progressiva da memória;
  • Instabilidade para caminhar e lentidão de movimentos;
  • Dificuldade para reter urina e urgência frequente para urinar.

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Copyright © 2023 Dr. Washington Oliveira, todos os direitos reservados.

Responsável Técnico: Dr. Washington Oliveira • CRM: 20295-BA – RQE Nº: 13617

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